Minha mão erra ,
por cada centímetro de tua pele ¾
monótono , no que é visível ,
o jantar prossegue .
Conversamos amenidades
falamos da música , da idade .
Só ênfases descabidas
denunciam excitação .
Mais sábia ,
avança minha mão ,
e tolices ganham indevida intonação .
Sua boca balbucia as palavras ,
num discurso anormalmente plácido ,
a comida no ar , parada ,
à espera não dos dentes , mas do orgasmo .
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