Acredito sinceramente
que ainda sou gente
e não sucumbi ao estado de coisas
em que mergulhou parte da humanidade.
Eu sou parte da outra metade
aquela que quer ser melhor a cada instante
como pessoa ou cidadão integrante
de uma cidade ou civilização .
Todos buscamos nosso grupo
todos fazemos uma opção
todos queremos amor , atenção ,
respeito por nossa palavra
queremos alimento , uma casa ,
saúde e prosperidade ,
mas antes de tudo queremos felicidade
para nós mesmos e os que amamos ,
dizia Descartes.
Hoje , felicidade como meta , transformou-se em paz ,
tranqüilidade de espírito , até mais ,
o reencontro com a divindade do nosso interior ,
e
num planeta marcado pela guerra e pelo horror
que dizem formado na maioria por ateus
onde muitos supõem não existir lugar para Deus
são muitos os que procuram o invisível e intocado ,
decididos , em busca do sagrado ,
o Graal , que nunca é definitivamente encontrado ,
que está sendo achado todos os dias
às vezes com dor e agonia ,
às vezes com esforço , mas com alegria.
E que disposição na busca vejo em alguns
sejam alemães ou de Garanhuns
em todos percebo a mesma fome do eterno
a mesma busca de um significado pétreo
neste emaranhado de valores e condutas
em que se transformou a pós modernidade .
Curioso , ninguém mais busca a Verdade ,
no máximo querem a sua verdade pessoal
fundamental
para o auto - aperfeiçoamento .
Ainda existem peregrinos
santos e buscadores .
Ainda se abandona um jardim de flores
pelas agruras de um caminho de pedras e lama
desde que desse modo nos redescubramos criança
fascinados pela obviedade ,
nosso ser , nossa identidade ,
oculta na crosta da prática social .
O homem , esse civilizado animal ,
como Galahad ou Sir Percival ,
busca ainda seu próprio Graal
que o reintroduzirá na perdida plenitude .
Viver , para alguns , ainda é a busca da beatitude .
Abençoados sejam.
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