Preocupo-me com os revezes
que não sejam ,mas que pareçam.
Não sabemos mesmo nada
nem a Jó,homem justo,foi explicado.
Ignorância imensa que me cerca
eu,nesta frágil carcaça ilhado,
“Andes” intransponíveis em uma única existência.
Nada a ver com inteligência,
intelecto não basta,
linhas, traços,apenas casca
periferia do todo imprescrutável
que só a consciência penetra
vivifica e resgata.
De qualquer modo, persiste
a falta de sentido na existência
não quero como o Deus de Jó supôs
disputar-lhe o lugar de máxima sapiência
apenas queria compreender minha vida,
cada ser quer entender sua jornada.
Talvez existam esquecidas causas pregressas
quiçá lembrar fosse horrível,não sei,
não sei de nada.
Faço minhas as palavras do poeta
“Estou cansado,é claro,
Porque a certa altura,a gente tem de estar cansado.
De que estou cansado,não sei:
(Talvez ) de nada me serviria sabê-lo
Pois o cansaço fica na mesma.
A ferida dói como dói
e não em função da causa que a produziu.”
(Pelo menos ,que possamos saber.)
Já é noite,meus problemas continuam
acho melhor dormir.
Sentado aqui,em frente a mesa,
meu pensamento procura causas,
tolo espírito,num universo de incerteza.
Começo a me preocupar com meu futuro
escuro túnel à minha frente
tudo a seguir é obscuro.
Queria dormir em paz esta noite.
Só dormir ,tranquilo,seguro.
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