domingo, 27 de fevereiro de 2011

APENAS COM A PENA

Em seu estúdio ,
em silêncio recolhido,
executa o poeta decidido seu ofício
retratando , apenas com a pena ,
a humana contenda ,
quotidiana cena ,
que desfila ante seus olhos , com todas as cores.
Registra  humores ,
temores,
amores.
Trabalha palavras ,frases,
letras , vírgulas ,crases ,
que se desenham solenes
por folhas indolentes .
Depois , de modo persistente ,
organiza idéias ,
elabora o texto e sente ,
ao relê-lo , vezes sem conta
se ele mostra ,insinua ou pelo menos aponta
em direção a meta inicial.

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