Ambos repousam com tranqüilidade
cheios de indiferença sagrada
o deus em pedra, ela na mata,
com semelhança inusitada,
séculos entre um e outro gesto
centímetros entre as pernas esticadas .
Deus e deusa em consonância
no ócio quieto , embevecido:
ela contemplando seu reflexo ;
ele ,suavemente adormecido .
Solene eu chamaria seu repouso
tamanha a elegância ,dele e dela ,
o cinzel rivalizando com o pincel
a rocha tão suave quanto a tela .
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