Quando a estranheza
emerge do cotidiano
e perdemos a alegria
e a vida fica vazia,
chegamos ao limite.
Quando o quando é nunca
e a força se escoa
por entre as fibras do coração
e a mão, suspensa,
espera , tensa,
a oportunidade da carícia em vão,
chegamos ao limite.
E quando o corpo se dá contrito,
cada músculo retesado, contraído,
e o amor ,senso estrito,
transfigura-se em sacrifício,
chegamos ao limite.
Amar, porém é transcender limites
e prosseguir tateando todo o tempo,
em busca de uma passagem que
nem se sabe se existe.
Limites são mulheres-muralhas
e o amor , aríete,
feito exatamente pra destruir limites.
Além das aldeias as cidades
além dos limites a diversidade,
o amor empurrando-nos para o estranho,
expulsando-nos do cotidiano.
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