Quanta luz por trás das portas
nas frestas
nas faces
nas copas
(das árvores)
nos mármores
rostos
de velhos e moços.
Luz entrando nos corpos
saindo nos olhos.
Luz de lâmpadas
de glândulas
luzes cândidas
vândalas
a resvalar nas folhas
gotas
roupas
trouxas soltas
nos terraços
paços.
Luz que avança pelo espaço
que explode e expande seus raios
escapa esperta pelos poros
se infunde nos glóbulos ,na respiração.
Pulsação.
Dádiva solar,
graça enluarada.
Luz encantada que se amolda nas formas
liquefaz nas águas
e se congela e revela
na criação.
Luz que sou eu,você,
que é o que todos somos
e estamos.
Luz em que nos tornamos
nós,que viemos com o vento;
que ,com o vento,também vamos.
Nós ,luzes fugidias a atravessar os dias
que brilhamos e despareceremos
com rapidez e silêncio.
Luminoso silêncio.
Somos luz que flutua entre os ares
lânguida e fugidia,inocente
eventualmente aprisionada em lugares
estreitos ,frágeis,indigentes
luz que se distorce e exala
perfume fresco de fótons espirituais
luz que fala
e cria universos,constelações astrais;
que ama
tecendo emoções
que trança o tecido do carma
em ações,omissões,
que transita desinibida entre encarnações
luz cigana,que incessantemente aprende e viaja,
mais nada.
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