sábado, 19 de fevereiro de 2011

“EMBRIAGUEZ”

                            
estar sempre “bêbado”
meu maior tormento
sempre tonto,desatento
sem estrada que me prenda
sem que me vicie um rumo:
uma curva?outra senda?
lá me vou em um segundo.
um atalho marginal?
meus pés o trilham,incontinentes.

Triste achar tudo tão belo,
com fascínio tão equivalente.
(vivo em planícies!...)

meus olhos
ouvidos
traem-me,
atraem-me,
tantas as direções,
tantos os ruídos.

o horizonte (um círculo)
impossibilitando-me opções
ou juízo.

dessa forma
em tamanha dispersão,
ah Montaigne,Montaigne!
como seria doce a “escravidão”

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